sexta-feira, 20 de agosto de 2010

É mútuo....


Era como se eu simplesmente voasse.

Voasse de uma maneira simples, porque eu própria sabia que tinha tudo nas minhas mãos.

Tudo isso que eu possuia em mim, só poderia ser eu a utilizá-lo, fosse para o bem ou para o mal.

Ser feliz dependia apenas da minha escolha.

Por vezes parece tudo tão simples, mas as decisões tornam-se cada vez mais complexas e mais confusas, que acabamos por nunca saber o que fazer.

Foi isso que aconteceu.

O controlo estava nas minhas mãos, mas eu deixei-o escapar por entre os dedos.

O tempo passou, e eu deixei com que tudo se desenvolvesse demasiado depressa.

Confesso que não fiz nada para me deter, por e simplesmente deixei com que a história se desenrolasse a cada capítulo que passava.

Houve alturas em que a pressão foi demasiada, senti-me como se só existe eu e os meus pensamentos.

Mas finalmente reparei que nada daquilo era a minha vida, e que estava a ser errada nas atitudes que estava a tomar.

Errei muito, demasiado até, mas agora é tarde para arrependimentos.

Com erros que cometi, apenas posso tirar algum partido, pois com eles eu cresci e tornei-me um pouco naquilo que sou hoje.

Erros que permaneceram sempre em todas as recordações do que se passou. E tenho saudades sim.

Saudades de sentir aquilo que senti, de dizer aquilo que eu dizia, de fazer tudo o que fazia.

O sentimento mudou, mas continua tudo demasiado presente na minha cabeça. Já passaram alguns meses que isto começou.

Alguns meses de felicidade, de indecisão, de tristeza, de confusão, de força, de fraqueza, de pensamentos, de atitudes, de sorrisos, de choro, de ilusões. Aguns meses de um misto de sentimentos e de acontecimentos.

Acabou, mas juro, que dava tudo para viver tudo aquilo outra vez.

Passaria até pelos momentos em que o "nós" era feito na minha imaginação, pois desde o início que fomos um "tu" e "eu"...separados.

Vivi de puras ilusões, feitas por mim, por não querer aceitar a mentira que eu estava a viver.

Porque é que eu fugi dos problemas?

Porque é que não os resolvi logo?

Só prova que nunca fui forte, pelo menos o suficiente.

Parte das porcarias que aconteceram, foram por minha culpa, porque por e simplesmente eu era demasiado fraca para te dizer que não.

Porque é que simplesmente não acabou tudo em bem?

Porque é que perdi tempo em te ter humilhado e a mim também?

Não sei.

Na altura estava demasiado revoltada, acho que queria que sentisses parte daquilo que senti.

Tu foste humilhado, mas não sofreste nem metade daquilo que sofri.

Gostar e ser rejeitada e desprezada sem razão.

Eu admito que não fui forte, mas tu também me fizeste coisas sem razão.

Tu sabias muito bem que gostava de ti, e que estava frágil, e tu aproveitaste-te dessa fragilidade.

O que sinto por ti é uma imensa saudade.

saudade por querer voltar aos tempos em que era realmente feliz.

Não sei o que é que se passou comigo.

Sei que gosto de ti e tenho vários momentos de fraqueza.

É uma fraqueza diferente.

Uma fraqueza de saudade.

Algo que falta, algo que me prende.

Foi tudo tão rápido, tão estranho, mas ao mesmo tempo tão intenso.

Foste a única pessoa que conseguiu fazer com que eu ambicionasse algo sem querer pensar nas consequências e em tudo aquilo que se encontrava à minha volta.

Eu juro, senão fossem elas a deter-me, eu própria não me tinha detido sozinha. A força de vontade que me movia, era grande, bastante até.

Mas agora nada disso me serviu de nada, apenas dei ao lugar de um problema, imensos problemas.

Quem me dera ter feito as coisas doutra maneira, sem ter que pensar em ti, nas atitudes que tomo.

Já não tenho tempo para arrependimentos.

Nem eu, nem tu, soubémos por um ponto final nisto.

Preferimos ofender-mos-nos um ao outro das maneiras mais mesquinhas e idiotas, como uma forma de afirmarmos "fui eu que saí bem da história".

E para quê que isso serve (serviu)?

Eu quero recordar-te sempre como uma boa lembrança, numa boa história.

Já não entendo quem errou...foste tu ou fui eu?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Por tua causa....



Por tua causa

Eu debrucei-me sobre a minha loucura,
eu amei da forma mais doce e pura,
eu cometi os meus maiores enganos,
eu fiz todos os mais belos planos.

Por tua causa

Eu senti medo da tal infelicidade,
renunciei até a desejada liberdade.
Eu abandonei meus velhos princípios,
avancei sem hesitar, por esse penhasco...

Por tua causa

Eu entreguei-me de corpo e alma,
eu quis tudo, sem nenhuma calma.
Viajei em sonhos e imagens novas
Mesmo querendo, abri mão de provas.

Por tua causa

Eu ousei dizer que só o amor bastaria,
que sem ti, a vida de nada valeria.
Acreditei ser dependente deste amor,
amarrei-me em laços que causaram dor.

Por tua causa

Lutei com todas as forças que pude ter,
aprendi muito sobre o meu próprio ser.
Agachei-me,arrastei-me, rastejei...
Mandei o orgulho pra longe e implorei!

Por tua causa

Fiz o inimaginável, e não me arrependo.
Olho para trás e com isso só aprendo...

Tu és pra sempre....

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

COERÊNCIA INCOERENTE...


Sou aquela que tudo vê
mas que nada sabe
Sou aquela que tudo lê
Mas que nada aprende
Que tudo escuta
mas que nada entende...

Sou aquela que tudo procura
mas pra quem nada importa
Sou aquele pássaro livre
que sem asas, gritando bate à porta
Sou aquela folha seca
caída daquela árvore morta...

Sou aquela que viveu intensamente
agora sobrevive de farelos, migalhas...
A linda flor que desabrochou
Maltratada, sou só o que dela restou
Sou a pirâmide mais que perfeita
que numa aragem desmoronou...

Sou a Deusa mitológica, a mulher feiticeira
sem poderes ou atrativos, sou corriqueira...
Sou a fortaleza inabalável
que caiu à primeira rasteira
Sou o iceberg gelado e duro
que queima por dentro numa fogueira!

Sou aquela translúcida, transparente
Que fala a verdade até quando mente
Antes amante, louca, insensata, tão tão apaixonada
Hoje vazio, imensidão de nada, coerência incoerente...
Sou aquela que sentiu tudo, tudo, e mais!
E que já não sabe o que, como, e se ainda sente...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

TRAÇADO DA VIDA...




Um pensamento no qual realmente acredito!
Ora aqui vai:


"Toda a pessoa adulta, passa por momentos de profunda solidão, tristeza e insatisfação.
E aqueles que desconhecem esses sentimentos, infelizes são...
Porque maior tristeza do que sentir-se triste, é a falta de comiseração, é ser comoda e desumanamente indiferente, alienado a tudo quanto nos cerca, às mazelas humanas, ao mundo real em que vivemos...
E esse egoismo abissal é a maior de todas as pobrezas...
É a pobreza da ALMA!"

Mas a vida é feita de surpresas!

Algumas pessoas passam a maior parte de suas vidas, fazendo planos e alcançando metas.
E quando alcançam o almejado, muitas vezes já se esqueceram daquilo que verdadeiramente as motivou: "A procura pelo contentamento e pela felicidade!"

Mas essa tal felicidade, ela não está no prêmio, tão pouco no topo da montanha, ou na chegada...
Ela está nas muitas quedas superadas, nas pequenas vitórias obtidas, nas coisas aparentemente insignificantes, nas pequenas grandes surpresas, nas pessoas que encontramos, naquelas que cativamos, e em tudo quanto vivemos durante o percurso...
Ao final da jornada...
Não importa o quanto tenhas conseguido, mas de que forma o fizeste!
O que tu viveste e como viveste, é e será sempre a tua verdadeira história!

E é por ela que tu serás lembrada...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

VAZIO.....


Meu corpo, um dia queimou em fogo, incandescente como o sol
Meu coração foi permanentemente iluminado pela luz da lua
Meu amor carregou em si o brilho das mais belas constelações
Por que então a minha alma, tornou-se repentinamente tão escura?

Preenchida por este todo complexo e imenso de absolutamente nada
Inexplicável e inexprimível falta de sensações
Espécie de letargia provocada por uma insignificante ausência
Que nada diz, nada vê, nada modifica... Inexistência?
Sentidos pífios, grande lacuna, energia insossa, sem importância...
Não incomoda, não causa dor, não dá forças, não cansa!

Dominada toda e genuinamente por uma estranha torpeza
Há algo de desconhecidamente familiar nessa quase fraqueza!

Não tenho a intenção... Não vou lutar...
Mas obrigo-me ao menos a tentar lembrar...
Restarão em mim lembranças a que buscar?

Só sei que preciso desesperadamente lembrar...
Necessito lembrar-me agora, do que não posso esquecer!!!

De como é mágico o sabor do sentir...
Sentir por sentir...
Sentir uma coisa qualquer
Sem que haja motivo ou razão,
interesse ou explicação...
Sem que existam metas ou planos...

Sentir, sentir... Infinita e indefinidamente...
Simplesmente fechar os olhos e sentir...

Como se sente a brisa tocando o rosto e emaranhando docemente os cabelos
Ou o cheiro do mar nos invadindo em ondas de frescor
Como se sente o mato roçando os pés descalços como num afago
E o tato sublimemente macio do tocar as pétalas de uma rosa

É preciso lembrar...
Como se sente o carinho de mãos afetuosas alisar-nos a face
Ou aquele sorriso aberto, espontâneo e arrebatador de uma criança...

Em que momento da vida construi?
E em qual deles entrei...
Em minha bolha ilusoriamente segura e particular?
Em que momento da vida deixei de me permitir?

Tornar-se adulta, é ser responsável e racional, eu sei!
Mas e todo o resto?
Para ser adulta é preciso ser tola e dura a ponto de acreditar,
Que olhos cansados não podem mais olhar?
Que não se pode ver claramente o que verdadeiramente importa?
Não!
Recuso-me a acreditar!

Hoje,
Mesmo sem desejar,
Anseio o amargo da raiva
O salgado da tristeza
O doce da ternura
O apimentado fascínio
Hoje... Desejo qualquer sabor!

Amanhã,
Ainda necessitarei chorar,
sofrer,
indignar-me,
e sobretudo, amar!!!

E agora?
Agora, só o que preciso é lembrar!
Eu definitivamente preciso lembrar-me daquilo que não posso esquecer...
Preciso lembrar-me do que é F E L I C I D A D E!

Ah! Se eu pudesse sentir...
Por um dia, uma noite...
Por um quarto de hora,
Um tempo qualquer!

Ah! Se eu pudesse sentir...
Por uma ínfima,
E ainda assim interminável fração de segundo...

Quem me dera...
O tempo pudesse criar uma nova medida de tempo
Só para que eu tivesse um tempo diferente...
Que durasse um bocado de tempo a mais,
Tempo suficiente só, para me permitir!

Quem sabe nessa dimensão, numa paralela,
Num outro mundo, numa nuvem, numa esfera?

Quem sabe se eu conseguisse lembrar-me...
Quem sabe se eu conseguisse sentir-me...
Quem sabe... Enfim... Viva!!

Ah! Quisera eu a dor do amor não correspondido.
A felicidade e o fel de lambuzar-me no fruto proibido...
Quisera um tanto razoável de mágoa, a que perdoar
Ou uma quantidade mínima de adoração, para ajoelhada me prostar!

Quisera eu ouvir uma mentira sem vergonha e deslavada,
Mas que me fizesse, ainda que iludida, voltar a acreditar...

Quisera eu, dar de presente à minha alma tão sem sentido agora...
Uma razão...
Ainda que completamente desprovida de razão!

Quisera dar à minha alma
Uma loucura, para se apavorar!
Um escandalo, para de tolice se envergonhar...
Uma quimera, uma fantasia infantil, algo maluco com o que sonhar...

Se fosse capaz de ao menos sentir saudades
Daquela indescritível, insana e intensa emoção
Contida na deliciosa imprudência da louca paixão...

Ah! Se me fosse permitido...

Por todos os Deuses e Deusas do Olimpo,
Se me fosse concedido um único beijo de amor...
Que me levasse ao inferno! Eu iria sem hesitar...
Desde que antes, delirando, me fizesse flutuar!

Mas reviro a minha velha bagagem,
Desfaço-me de todas e tantas as tralhas que não servem mais,
Mexo em cada canto escondido de minha alma,
Chego tão fundo que encontro os segredos...
Todos e quantos não podem ser tocados ou revelados!

Mas o que realmente busco, isso não posso encontrar
Não vejo ali esperança ou pesar...
Não há uma lâmpada, um raio de sol, um odor familiar,
Não há um feixe de luz a que me apegar...

Não há nada!
Nem mesmo medo ou pavor consigo vislumbrar...

O corpo continua quente
O coração ainda bate iluminado por uma força desconhecida
O amor... Maior do que todas as coisas...
Inexplicavelmente não deixa de brilhar!
E em minha alma negra e vazia, nada... Nem céu, nem mar!

Sobrevivo assim, de fragmentos e momentos
Mesmo sem esperança, carrego no peito
A certeza de que trocaria TODA A VIDA.
Por uma centelha de amor, por um ínfimo momento ...

E se nada disso me fosse possível,
Se houvesse a certeza de que esse “talvez” jamais pudesse chegar...
Quisera eu então, ao menos,
Conseguir sentir pena de mim mesma!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PENSAMENTO - CRESCIMENTO PESSOAL ..


Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa completamente doida pelo amor, em todas as suas formas, e que a minha vida é pautada nisso mesmo, no tanto absurdo de amor que dou, e no que eventualmente recebo das pessoas que me cercam.

Mas aprendi e venho aprendendo, que isso não pode tornar-se algo que me vá maogoar enquanto ser humano...

Sim! Eu amo as coisas e as pessoas, tenho a minha maneira própria de amá-los, seja dessa maneira certa ou errada, eu aprendi a aceitar-me assim, como sou!

Se eu posso nessa jornada magoar alguém, ou deixar de "perceber" algo?
Sim, evidente que não só posso, como inevitavelmente vou...
Sou humana!

O que não dá, é para viver a vida se desculpando por ser quem se é!

A vida é uma busca constante pelo crescimento?
Sim, é.

Pelo crescimento espiritual?
Principalmente!!

O auto conhecimento é importante?
É muito.
Mas é também doloroso e utópico.

A realidade é que somos, ainda que sem intenção, em grande maioria hipócritas, acreditamos que crescer espiritualmente é aprender a amar e ser amado, é dar valor às pessoas que nos cercam, é amar sem exigir ser amado, mas não, não é só isso!!

Não vejo como se possa falar em crescimento espiritual, enquanto se passa por uma criança na rua, suja e com fome e não se faz nada.
Quando se vê um senhor de idade vendendo bugigangas numa praia, com um sol de 40 graus nas costas, e acha-se tudo isso normal, corriqueiro e parte do cotidiano.
Ou ainda que não ache normal, não se para o carro, ofereça ao menos uma água, e principalmente, não chore muito na cama à noite, por sentir-se incapaz de fazer mais!

Crescimento espiritual real, só se atinge, quando se ama a TODOS da mesma maneira.
Ama-se o ser humano, sem distinção!!

E nessa busca incessante por conhecimento e crescimento espiritual, quase que irreal e inacansável, evidentemente que, bem ou mal, sempre crescemos, mas precisamos estar cientes de que teremos infinitamente mais frustrações do que satisfações.

É difícil, mas precisamos aprender a perceber... Perceber tão somente... Perceber qualquer pessoa, mesmo aquelas que não nos amam, mesmo e especialmente aquelas que nem sequer conhecemos!

Não há que se pedir desculpas o tempo todo, porque acreditamos ter sido negligente com alguém.
Simplesmente porque somos humanos, que erram, que acertam, que percebem algumas coisas, mas que deixam escapar outras...

A vida é assim, e assim é que são as pessoas fascinantes, aquelas que possuem defeitos suficientes, para não almejarem ser perfeitas!

A realidade é que ninguém, nunca, vai alcançar o crescimento espiritual, o amplo auto conhecimento, e essa maturidade acerca de si mesmo e das outras pessoas, enquanto não abandonar seu próprio estilo de vida, enquanto não abdicar de todas as coisas materiais, em prol da humanidade...

É justamente isso, que faz e fez de alguns homens, mais do que homens apenas, mas pessoas realmente superiores espiritualmente, como Gandhi, Jesus, Sidarta Gautama, dentre poucos outros...

O que nos resta então?

Sempre teremos escolhas...
Podemos escolher viver para a humanidade, viver para fazer mais do que uma pequena diferença; ou podemos aquietar nossos corações e deixarmos de exigir tanto de nós mesmos.

E aí, tomada a decisão, que possamos fazer a nossa parte, em nossa comunidade, com os nossos, sem nunca deixar de espalhar bondade, mas sem pretender ser o que não somos!

Que possamos então, levar a vida com mais leveza....

E se tivermos que amar, e eu espero honestamente que amemos muito, amemos apenas por amor, amemos do nosso jeito, e ele há de ser o jeito bom e certo para alguém!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010



Não tenho pretensão de que haja qualquer sentido ou razão no que quer que eu escreva.
Não tenho necessidade de ser compreendida, não almejo ser aplaudida, e sequer aceite.
O que preciso hoje e sempre, é escrever sobre o que verdadeiramente acredito!
Sobre aquilo que me preenche a alma...
O que me transborda ao coração...
E com ou sem razão, fazendo ou não sentido, eu acredito NO AMOR!!
Por que?
Não procuro explicações...
Os motivos não me interessam!!
Aliás, eles (motivos) são mesmo indispensáveis?

SOBRE MIM...




Eu sou assim...
Exatamente assim!

Sou feita de dor,
sou feita de amor...
Eu sou feita de pensamentos,
e de sentimentos...
De ressentimentos,
e consentimentos!

Sou feita de tudo, de nada,
de momentos...

Sou feita de alegrias
e de tristezas...
De fantasias
e de incertezas...

De incredulidade
e magia!
Não temo nada...
Fujo da bruxaria!

Assim sou eu...

Feita de decepção e desilusão,
De carinho e de compaixão!

É... Imperfeita assim!

Sou feita de bondade,
de maldade,
de inveja,
de caridade,
de ternura,
de maladrangem...

Sou contraditória,
sou racional,
sou coerente,
e estupidamente emocional...

Sou tão romântica e tola...
Sou insanamente passional!

Sou feita de desejo e vontade...
Sou carne, osso, alma e coração...
Sou humanidade de verdade!

Eu já briguei,
já insultei,
já errei...

Já me arrependi,
já perdoei,
já pequei...

Já fiz planos... Falhei.
Já tive chances... Hesitei.
Um preço caro eu paguei!!

Eu já sorri,
já chorei...
De amor visceralmente sofri!
E de felicidade gargalhei...

Eu loucamente me entusiasmei...
E li-te-ral-men-te me espalhei!

Tão pouco eu aprendi...
E tanto, tanto, eu procurei.

Mas desse muito que tentei,
desse pouco que vivi...
Carrego a certeza mais do que preciosa,
de que uma coisa eu fiz intensa e plenamente:

Eu amei!!

Ah! E como eu amei...


Sou apenas uma mulher, em busca das palavras que possam, quem sabe, ajudar-me a expressar o que minha alma clama por gritar!
Uma mulher que ama o amor acima de todas as coisas...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Recomeçar...


Não importa onde eu parei,
em que momento da vida eu me cansei,
o que importa é que sempre possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova oportunidade a nós mesmos.
É renovar as esperanças da vida e o mais importante:
acreditar em mim de novo.

Sofri muito neste período?
Fui aprendendo.

Chorei muito?
Foi a limpeza da alma.

Fiquei com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia.

Senti-me só por diversas vezes?
É porque fechei a porta até para os anjos.

Acreditei que tudo estava perdido?
Era o início da minha melhora.

É melhor tentar e falhar que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão, do que me sentar sem fazer nada até ao fim.
Eu prefiro caminhar na chuva, do que em dias tristes esconder-me em casa.
Prefiro ser feliz, embora louca, do que em conformidade viver…

No mundo das emoções não se aceitam actos heróicos tais como “de hoje em diante acordarei de bom humor”, “daqui pra frente serei uma pessoa calma”, “de agora em diante serei uma pessoa feliz com um alto astral e cheia de auto-estima”.
Grande engano!
Todas essas intenções se evaporam, no mundo das emoções as palavras-chave são “treinamento” e “educação”.
Tu precisas treinar a tua emoção para ser feliz.
Tu precisas educa-la para superar as perdas e as frustrações, caso contrário a tua emoção nunca será estável e nem capaz de contemplar o brilho nos pequenos eventos da rotina diária.

A vida é belíssima, mas não é tão simples vive-la.
As vezes ela parece-se com um imenso jardim.
De repente, a paisagem muda e ela apresenta-se árida como um deserto ou ingrime como as montanhas.
Independentemente dos penhascos que temos de escalar, cada ser humano possui uma força incrível.
E muitos desconhecem que a possuem!

Para poderem "Recomeçar"...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A única verdade..




Que poderei eu dizer?
Eu sentia-me tão longe.
Agitava-me por aí, dispersa no interior do meu naufrágio.
Vagueava tão perto do teu rosto, da tua respiração.
Tão perto de te perder.
Eu decompunha-me arredada das emoções.
Os teus pés excediam as fronteiras, tocavam-me a alma, mas o meu pensamento, simplesmente, envelhecia.
Ausente.
Que mais poderei eu dizer?
Sei que anoitecia e que nesses momentos te desbaratava, sempre que não pronunciava a verdade.

Agora, como poderei segredar-te tudo o que as minhas mãos reflectem?
Recordo-me que amordacei as palavras como se de ignorância se tratasse.
Hoje, depois da imensidão do deserto adormecer no meu destino, posso dizer-te o que, finalmente, reconheço.
Amo-te.

Sim, foi sempre amor o que não fui capaz de navegar.
E tanto que me doeu esconder de todos os braços, pernas, dos nossos corações, da nossa vida.
Esconder de mim.
O que ainda poderei dizer?
Sei que não te poderia perder.
Nem esta noite, nem nas marés que reflectem os múltiplos que convivem nas minhas entranhas, nem nas estrelas que reproduzem o teu olhar.

Quero-te sempre acordado para te falar de tudo o que deixei de dizer.
Todo este tempo.
Todos os livros e todas as canções.
Todas as cidades.
Quero-te perguntar se me perdoas, os minutos, as horas, a vida que demorei a aceitar esta minha, única, verdade.
Amo-te.

Como é meu hábito (ou tacitamente determinámos) despedi-me de ti com dois castos beijos:
doeram como feridas nos pulsos.

Queria apertar-te com furor juvenil e não venci o medo.

Digo-te agora colorido ser alado aqui nesta página onde por fim metaforicamente matei a cobardia:
amo-te