sexta-feira, 20 de agosto de 2010

É mútuo....


Era como se eu simplesmente voasse.

Voasse de uma maneira simples, porque eu própria sabia que tinha tudo nas minhas mãos.

Tudo isso que eu possuia em mim, só poderia ser eu a utilizá-lo, fosse para o bem ou para o mal.

Ser feliz dependia apenas da minha escolha.

Por vezes parece tudo tão simples, mas as decisões tornam-se cada vez mais complexas e mais confusas, que acabamos por nunca saber o que fazer.

Foi isso que aconteceu.

O controlo estava nas minhas mãos, mas eu deixei-o escapar por entre os dedos.

O tempo passou, e eu deixei com que tudo se desenvolvesse demasiado depressa.

Confesso que não fiz nada para me deter, por e simplesmente deixei com que a história se desenrolasse a cada capítulo que passava.

Houve alturas em que a pressão foi demasiada, senti-me como se só existe eu e os meus pensamentos.

Mas finalmente reparei que nada daquilo era a minha vida, e que estava a ser errada nas atitudes que estava a tomar.

Errei muito, demasiado até, mas agora é tarde para arrependimentos.

Com erros que cometi, apenas posso tirar algum partido, pois com eles eu cresci e tornei-me um pouco naquilo que sou hoje.

Erros que permaneceram sempre em todas as recordações do que se passou. E tenho saudades sim.

Saudades de sentir aquilo que senti, de dizer aquilo que eu dizia, de fazer tudo o que fazia.

O sentimento mudou, mas continua tudo demasiado presente na minha cabeça. Já passaram alguns meses que isto começou.

Alguns meses de felicidade, de indecisão, de tristeza, de confusão, de força, de fraqueza, de pensamentos, de atitudes, de sorrisos, de choro, de ilusões. Aguns meses de um misto de sentimentos e de acontecimentos.

Acabou, mas juro, que dava tudo para viver tudo aquilo outra vez.

Passaria até pelos momentos em que o "nós" era feito na minha imaginação, pois desde o início que fomos um "tu" e "eu"...separados.

Vivi de puras ilusões, feitas por mim, por não querer aceitar a mentira que eu estava a viver.

Porque é que eu fugi dos problemas?

Porque é que não os resolvi logo?

Só prova que nunca fui forte, pelo menos o suficiente.

Parte das porcarias que aconteceram, foram por minha culpa, porque por e simplesmente eu era demasiado fraca para te dizer que não.

Porque é que simplesmente não acabou tudo em bem?

Porque é que perdi tempo em te ter humilhado e a mim também?

Não sei.

Na altura estava demasiado revoltada, acho que queria que sentisses parte daquilo que senti.

Tu foste humilhado, mas não sofreste nem metade daquilo que sofri.

Gostar e ser rejeitada e desprezada sem razão.

Eu admito que não fui forte, mas tu também me fizeste coisas sem razão.

Tu sabias muito bem que gostava de ti, e que estava frágil, e tu aproveitaste-te dessa fragilidade.

O que sinto por ti é uma imensa saudade.

saudade por querer voltar aos tempos em que era realmente feliz.

Não sei o que é que se passou comigo.

Sei que gosto de ti e tenho vários momentos de fraqueza.

É uma fraqueza diferente.

Uma fraqueza de saudade.

Algo que falta, algo que me prende.

Foi tudo tão rápido, tão estranho, mas ao mesmo tempo tão intenso.

Foste a única pessoa que conseguiu fazer com que eu ambicionasse algo sem querer pensar nas consequências e em tudo aquilo que se encontrava à minha volta.

Eu juro, senão fossem elas a deter-me, eu própria não me tinha detido sozinha. A força de vontade que me movia, era grande, bastante até.

Mas agora nada disso me serviu de nada, apenas dei ao lugar de um problema, imensos problemas.

Quem me dera ter feito as coisas doutra maneira, sem ter que pensar em ti, nas atitudes que tomo.

Já não tenho tempo para arrependimentos.

Nem eu, nem tu, soubémos por um ponto final nisto.

Preferimos ofender-mos-nos um ao outro das maneiras mais mesquinhas e idiotas, como uma forma de afirmarmos "fui eu que saí bem da história".

E para quê que isso serve (serviu)?

Eu quero recordar-te sempre como uma boa lembrança, numa boa história.

Já não entendo quem errou...foste tu ou fui eu?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Por tua causa....



Por tua causa

Eu debrucei-me sobre a minha loucura,
eu amei da forma mais doce e pura,
eu cometi os meus maiores enganos,
eu fiz todos os mais belos planos.

Por tua causa

Eu senti medo da tal infelicidade,
renunciei até a desejada liberdade.
Eu abandonei meus velhos princípios,
avancei sem hesitar, por esse penhasco...

Por tua causa

Eu entreguei-me de corpo e alma,
eu quis tudo, sem nenhuma calma.
Viajei em sonhos e imagens novas
Mesmo querendo, abri mão de provas.

Por tua causa

Eu ousei dizer que só o amor bastaria,
que sem ti, a vida de nada valeria.
Acreditei ser dependente deste amor,
amarrei-me em laços que causaram dor.

Por tua causa

Lutei com todas as forças que pude ter,
aprendi muito sobre o meu próprio ser.
Agachei-me,arrastei-me, rastejei...
Mandei o orgulho pra longe e implorei!

Por tua causa

Fiz o inimaginável, e não me arrependo.
Olho para trás e com isso só aprendo...

Tu és pra sempre....

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

COERÊNCIA INCOERENTE...


Sou aquela que tudo vê
mas que nada sabe
Sou aquela que tudo lê
Mas que nada aprende
Que tudo escuta
mas que nada entende...

Sou aquela que tudo procura
mas pra quem nada importa
Sou aquele pássaro livre
que sem asas, gritando bate à porta
Sou aquela folha seca
caída daquela árvore morta...

Sou aquela que viveu intensamente
agora sobrevive de farelos, migalhas...
A linda flor que desabrochou
Maltratada, sou só o que dela restou
Sou a pirâmide mais que perfeita
que numa aragem desmoronou...

Sou a Deusa mitológica, a mulher feiticeira
sem poderes ou atrativos, sou corriqueira...
Sou a fortaleza inabalável
que caiu à primeira rasteira
Sou o iceberg gelado e duro
que queima por dentro numa fogueira!

Sou aquela translúcida, transparente
Que fala a verdade até quando mente
Antes amante, louca, insensata, tão tão apaixonada
Hoje vazio, imensidão de nada, coerência incoerente...
Sou aquela que sentiu tudo, tudo, e mais!
E que já não sabe o que, como, e se ainda sente...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

TRAÇADO DA VIDA...




Um pensamento no qual realmente acredito!
Ora aqui vai:


"Toda a pessoa adulta, passa por momentos de profunda solidão, tristeza e insatisfação.
E aqueles que desconhecem esses sentimentos, infelizes são...
Porque maior tristeza do que sentir-se triste, é a falta de comiseração, é ser comoda e desumanamente indiferente, alienado a tudo quanto nos cerca, às mazelas humanas, ao mundo real em que vivemos...
E esse egoismo abissal é a maior de todas as pobrezas...
É a pobreza da ALMA!"

Mas a vida é feita de surpresas!

Algumas pessoas passam a maior parte de suas vidas, fazendo planos e alcançando metas.
E quando alcançam o almejado, muitas vezes já se esqueceram daquilo que verdadeiramente as motivou: "A procura pelo contentamento e pela felicidade!"

Mas essa tal felicidade, ela não está no prêmio, tão pouco no topo da montanha, ou na chegada...
Ela está nas muitas quedas superadas, nas pequenas vitórias obtidas, nas coisas aparentemente insignificantes, nas pequenas grandes surpresas, nas pessoas que encontramos, naquelas que cativamos, e em tudo quanto vivemos durante o percurso...
Ao final da jornada...
Não importa o quanto tenhas conseguido, mas de que forma o fizeste!
O que tu viveste e como viveste, é e será sempre a tua verdadeira história!

E é por ela que tu serás lembrada...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

VAZIO.....


Meu corpo, um dia queimou em fogo, incandescente como o sol
Meu coração foi permanentemente iluminado pela luz da lua
Meu amor carregou em si o brilho das mais belas constelações
Por que então a minha alma, tornou-se repentinamente tão escura?

Preenchida por este todo complexo e imenso de absolutamente nada
Inexplicável e inexprimível falta de sensações
Espécie de letargia provocada por uma insignificante ausência
Que nada diz, nada vê, nada modifica... Inexistência?
Sentidos pífios, grande lacuna, energia insossa, sem importância...
Não incomoda, não causa dor, não dá forças, não cansa!

Dominada toda e genuinamente por uma estranha torpeza
Há algo de desconhecidamente familiar nessa quase fraqueza!

Não tenho a intenção... Não vou lutar...
Mas obrigo-me ao menos a tentar lembrar...
Restarão em mim lembranças a que buscar?

Só sei que preciso desesperadamente lembrar...
Necessito lembrar-me agora, do que não posso esquecer!!!

De como é mágico o sabor do sentir...
Sentir por sentir...
Sentir uma coisa qualquer
Sem que haja motivo ou razão,
interesse ou explicação...
Sem que existam metas ou planos...

Sentir, sentir... Infinita e indefinidamente...
Simplesmente fechar os olhos e sentir...

Como se sente a brisa tocando o rosto e emaranhando docemente os cabelos
Ou o cheiro do mar nos invadindo em ondas de frescor
Como se sente o mato roçando os pés descalços como num afago
E o tato sublimemente macio do tocar as pétalas de uma rosa

É preciso lembrar...
Como se sente o carinho de mãos afetuosas alisar-nos a face
Ou aquele sorriso aberto, espontâneo e arrebatador de uma criança...

Em que momento da vida construi?
E em qual deles entrei...
Em minha bolha ilusoriamente segura e particular?
Em que momento da vida deixei de me permitir?

Tornar-se adulta, é ser responsável e racional, eu sei!
Mas e todo o resto?
Para ser adulta é preciso ser tola e dura a ponto de acreditar,
Que olhos cansados não podem mais olhar?
Que não se pode ver claramente o que verdadeiramente importa?
Não!
Recuso-me a acreditar!

Hoje,
Mesmo sem desejar,
Anseio o amargo da raiva
O salgado da tristeza
O doce da ternura
O apimentado fascínio
Hoje... Desejo qualquer sabor!

Amanhã,
Ainda necessitarei chorar,
sofrer,
indignar-me,
e sobretudo, amar!!!

E agora?
Agora, só o que preciso é lembrar!
Eu definitivamente preciso lembrar-me daquilo que não posso esquecer...
Preciso lembrar-me do que é F E L I C I D A D E!

Ah! Se eu pudesse sentir...
Por um dia, uma noite...
Por um quarto de hora,
Um tempo qualquer!

Ah! Se eu pudesse sentir...
Por uma ínfima,
E ainda assim interminável fração de segundo...

Quem me dera...
O tempo pudesse criar uma nova medida de tempo
Só para que eu tivesse um tempo diferente...
Que durasse um bocado de tempo a mais,
Tempo suficiente só, para me permitir!

Quem sabe nessa dimensão, numa paralela,
Num outro mundo, numa nuvem, numa esfera?

Quem sabe se eu conseguisse lembrar-me...
Quem sabe se eu conseguisse sentir-me...
Quem sabe... Enfim... Viva!!

Ah! Quisera eu a dor do amor não correspondido.
A felicidade e o fel de lambuzar-me no fruto proibido...
Quisera um tanto razoável de mágoa, a que perdoar
Ou uma quantidade mínima de adoração, para ajoelhada me prostar!

Quisera eu ouvir uma mentira sem vergonha e deslavada,
Mas que me fizesse, ainda que iludida, voltar a acreditar...

Quisera eu, dar de presente à minha alma tão sem sentido agora...
Uma razão...
Ainda que completamente desprovida de razão!

Quisera dar à minha alma
Uma loucura, para se apavorar!
Um escandalo, para de tolice se envergonhar...
Uma quimera, uma fantasia infantil, algo maluco com o que sonhar...

Se fosse capaz de ao menos sentir saudades
Daquela indescritível, insana e intensa emoção
Contida na deliciosa imprudência da louca paixão...

Ah! Se me fosse permitido...

Por todos os Deuses e Deusas do Olimpo,
Se me fosse concedido um único beijo de amor...
Que me levasse ao inferno! Eu iria sem hesitar...
Desde que antes, delirando, me fizesse flutuar!

Mas reviro a minha velha bagagem,
Desfaço-me de todas e tantas as tralhas que não servem mais,
Mexo em cada canto escondido de minha alma,
Chego tão fundo que encontro os segredos...
Todos e quantos não podem ser tocados ou revelados!

Mas o que realmente busco, isso não posso encontrar
Não vejo ali esperança ou pesar...
Não há uma lâmpada, um raio de sol, um odor familiar,
Não há um feixe de luz a que me apegar...

Não há nada!
Nem mesmo medo ou pavor consigo vislumbrar...

O corpo continua quente
O coração ainda bate iluminado por uma força desconhecida
O amor... Maior do que todas as coisas...
Inexplicavelmente não deixa de brilhar!
E em minha alma negra e vazia, nada... Nem céu, nem mar!

Sobrevivo assim, de fragmentos e momentos
Mesmo sem esperança, carrego no peito
A certeza de que trocaria TODA A VIDA.
Por uma centelha de amor, por um ínfimo momento ...

E se nada disso me fosse possível,
Se houvesse a certeza de que esse “talvez” jamais pudesse chegar...
Quisera eu então, ao menos,
Conseguir sentir pena de mim mesma!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PENSAMENTO - CRESCIMENTO PESSOAL ..


Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa completamente doida pelo amor, em todas as suas formas, e que a minha vida é pautada nisso mesmo, no tanto absurdo de amor que dou, e no que eventualmente recebo das pessoas que me cercam.

Mas aprendi e venho aprendendo, que isso não pode tornar-se algo que me vá maogoar enquanto ser humano...

Sim! Eu amo as coisas e as pessoas, tenho a minha maneira própria de amá-los, seja dessa maneira certa ou errada, eu aprendi a aceitar-me assim, como sou!

Se eu posso nessa jornada magoar alguém, ou deixar de "perceber" algo?
Sim, evidente que não só posso, como inevitavelmente vou...
Sou humana!

O que não dá, é para viver a vida se desculpando por ser quem se é!

A vida é uma busca constante pelo crescimento?
Sim, é.

Pelo crescimento espiritual?
Principalmente!!

O auto conhecimento é importante?
É muito.
Mas é também doloroso e utópico.

A realidade é que somos, ainda que sem intenção, em grande maioria hipócritas, acreditamos que crescer espiritualmente é aprender a amar e ser amado, é dar valor às pessoas que nos cercam, é amar sem exigir ser amado, mas não, não é só isso!!

Não vejo como se possa falar em crescimento espiritual, enquanto se passa por uma criança na rua, suja e com fome e não se faz nada.
Quando se vê um senhor de idade vendendo bugigangas numa praia, com um sol de 40 graus nas costas, e acha-se tudo isso normal, corriqueiro e parte do cotidiano.
Ou ainda que não ache normal, não se para o carro, ofereça ao menos uma água, e principalmente, não chore muito na cama à noite, por sentir-se incapaz de fazer mais!

Crescimento espiritual real, só se atinge, quando se ama a TODOS da mesma maneira.
Ama-se o ser humano, sem distinção!!

E nessa busca incessante por conhecimento e crescimento espiritual, quase que irreal e inacansável, evidentemente que, bem ou mal, sempre crescemos, mas precisamos estar cientes de que teremos infinitamente mais frustrações do que satisfações.

É difícil, mas precisamos aprender a perceber... Perceber tão somente... Perceber qualquer pessoa, mesmo aquelas que não nos amam, mesmo e especialmente aquelas que nem sequer conhecemos!

Não há que se pedir desculpas o tempo todo, porque acreditamos ter sido negligente com alguém.
Simplesmente porque somos humanos, que erram, que acertam, que percebem algumas coisas, mas que deixam escapar outras...

A vida é assim, e assim é que são as pessoas fascinantes, aquelas que possuem defeitos suficientes, para não almejarem ser perfeitas!

A realidade é que ninguém, nunca, vai alcançar o crescimento espiritual, o amplo auto conhecimento, e essa maturidade acerca de si mesmo e das outras pessoas, enquanto não abandonar seu próprio estilo de vida, enquanto não abdicar de todas as coisas materiais, em prol da humanidade...

É justamente isso, que faz e fez de alguns homens, mais do que homens apenas, mas pessoas realmente superiores espiritualmente, como Gandhi, Jesus, Sidarta Gautama, dentre poucos outros...

O que nos resta então?

Sempre teremos escolhas...
Podemos escolher viver para a humanidade, viver para fazer mais do que uma pequena diferença; ou podemos aquietar nossos corações e deixarmos de exigir tanto de nós mesmos.

E aí, tomada a decisão, que possamos fazer a nossa parte, em nossa comunidade, com os nossos, sem nunca deixar de espalhar bondade, mas sem pretender ser o que não somos!

Que possamos então, levar a vida com mais leveza....

E se tivermos que amar, e eu espero honestamente que amemos muito, amemos apenas por amor, amemos do nosso jeito, e ele há de ser o jeito bom e certo para alguém!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010



Não tenho pretensão de que haja qualquer sentido ou razão no que quer que eu escreva.
Não tenho necessidade de ser compreendida, não almejo ser aplaudida, e sequer aceite.
O que preciso hoje e sempre, é escrever sobre o que verdadeiramente acredito!
Sobre aquilo que me preenche a alma...
O que me transborda ao coração...
E com ou sem razão, fazendo ou não sentido, eu acredito NO AMOR!!
Por que?
Não procuro explicações...
Os motivos não me interessam!!
Aliás, eles (motivos) são mesmo indispensáveis?

SOBRE MIM...




Eu sou assim...
Exatamente assim!

Sou feita de dor,
sou feita de amor...
Eu sou feita de pensamentos,
e de sentimentos...
De ressentimentos,
e consentimentos!

Sou feita de tudo, de nada,
de momentos...

Sou feita de alegrias
e de tristezas...
De fantasias
e de incertezas...

De incredulidade
e magia!
Não temo nada...
Fujo da bruxaria!

Assim sou eu...

Feita de decepção e desilusão,
De carinho e de compaixão!

É... Imperfeita assim!

Sou feita de bondade,
de maldade,
de inveja,
de caridade,
de ternura,
de maladrangem...

Sou contraditória,
sou racional,
sou coerente,
e estupidamente emocional...

Sou tão romântica e tola...
Sou insanamente passional!

Sou feita de desejo e vontade...
Sou carne, osso, alma e coração...
Sou humanidade de verdade!

Eu já briguei,
já insultei,
já errei...

Já me arrependi,
já perdoei,
já pequei...

Já fiz planos... Falhei.
Já tive chances... Hesitei.
Um preço caro eu paguei!!

Eu já sorri,
já chorei...
De amor visceralmente sofri!
E de felicidade gargalhei...

Eu loucamente me entusiasmei...
E li-te-ral-men-te me espalhei!

Tão pouco eu aprendi...
E tanto, tanto, eu procurei.

Mas desse muito que tentei,
desse pouco que vivi...
Carrego a certeza mais do que preciosa,
de que uma coisa eu fiz intensa e plenamente:

Eu amei!!

Ah! E como eu amei...


Sou apenas uma mulher, em busca das palavras que possam, quem sabe, ajudar-me a expressar o que minha alma clama por gritar!
Uma mulher que ama o amor acima de todas as coisas...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Recomeçar...


Não importa onde eu parei,
em que momento da vida eu me cansei,
o que importa é que sempre possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova oportunidade a nós mesmos.
É renovar as esperanças da vida e o mais importante:
acreditar em mim de novo.

Sofri muito neste período?
Fui aprendendo.

Chorei muito?
Foi a limpeza da alma.

Fiquei com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia.

Senti-me só por diversas vezes?
É porque fechei a porta até para os anjos.

Acreditei que tudo estava perdido?
Era o início da minha melhora.

É melhor tentar e falhar que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão, do que me sentar sem fazer nada até ao fim.
Eu prefiro caminhar na chuva, do que em dias tristes esconder-me em casa.
Prefiro ser feliz, embora louca, do que em conformidade viver…

No mundo das emoções não se aceitam actos heróicos tais como “de hoje em diante acordarei de bom humor”, “daqui pra frente serei uma pessoa calma”, “de agora em diante serei uma pessoa feliz com um alto astral e cheia de auto-estima”.
Grande engano!
Todas essas intenções se evaporam, no mundo das emoções as palavras-chave são “treinamento” e “educação”.
Tu precisas treinar a tua emoção para ser feliz.
Tu precisas educa-la para superar as perdas e as frustrações, caso contrário a tua emoção nunca será estável e nem capaz de contemplar o brilho nos pequenos eventos da rotina diária.

A vida é belíssima, mas não é tão simples vive-la.
As vezes ela parece-se com um imenso jardim.
De repente, a paisagem muda e ela apresenta-se árida como um deserto ou ingrime como as montanhas.
Independentemente dos penhascos que temos de escalar, cada ser humano possui uma força incrível.
E muitos desconhecem que a possuem!

Para poderem "Recomeçar"...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A única verdade..




Que poderei eu dizer?
Eu sentia-me tão longe.
Agitava-me por aí, dispersa no interior do meu naufrágio.
Vagueava tão perto do teu rosto, da tua respiração.
Tão perto de te perder.
Eu decompunha-me arredada das emoções.
Os teus pés excediam as fronteiras, tocavam-me a alma, mas o meu pensamento, simplesmente, envelhecia.
Ausente.
Que mais poderei eu dizer?
Sei que anoitecia e que nesses momentos te desbaratava, sempre que não pronunciava a verdade.

Agora, como poderei segredar-te tudo o que as minhas mãos reflectem?
Recordo-me que amordacei as palavras como se de ignorância se tratasse.
Hoje, depois da imensidão do deserto adormecer no meu destino, posso dizer-te o que, finalmente, reconheço.
Amo-te.

Sim, foi sempre amor o que não fui capaz de navegar.
E tanto que me doeu esconder de todos os braços, pernas, dos nossos corações, da nossa vida.
Esconder de mim.
O que ainda poderei dizer?
Sei que não te poderia perder.
Nem esta noite, nem nas marés que reflectem os múltiplos que convivem nas minhas entranhas, nem nas estrelas que reproduzem o teu olhar.

Quero-te sempre acordado para te falar de tudo o que deixei de dizer.
Todo este tempo.
Todos os livros e todas as canções.
Todas as cidades.
Quero-te perguntar se me perdoas, os minutos, as horas, a vida que demorei a aceitar esta minha, única, verdade.
Amo-te.

Como é meu hábito (ou tacitamente determinámos) despedi-me de ti com dois castos beijos:
doeram como feridas nos pulsos.

Queria apertar-te com furor juvenil e não venci o medo.

Digo-te agora colorido ser alado aqui nesta página onde por fim metaforicamente matei a cobardia:
amo-te

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Permaneço....


Este medo de sentir...
Esta dor que não o é ainda...

Esta cruz que se carrega
E essa entrega que tarda...Luz difusa que te esconde...
E profusa vai onde
Mais ninguém pode ir...

Apenas eu permaneço
No escuro e eis
que só desço,
Bem fundo,
No poço
Que não posso
Ignorar...pois...

Porque não esqueço...
Continuo a amar...

Precisei de ti e tu não estavas para mim.
Apenas para mim não trouxeste Tempo.
Precisei de ti, tanto...nesse momento!...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Psiu, tu ai...


Psiu...Ei tu!!!
Tu mesmo que estás aí a olhar...
Que tal uma paragem para refletir... e refletir sobre ti ... pensar em tudo de bom que existe aí dentro desse coração!
Sabes que tu és uma pessoa maravilhosa, capaz de fazer muita coisa boa, útil e expressiva, se quiseres, e que no teu coração estão guardadas coragem e confiança suficientes para realizar os teus desejos.
Mas não te esqueças, de ir buscar em cada minuto dos teus dias, motivos de alegria e esperança, não te importando com as situações adversas que aparecem.
Tu deves escolher ser feliz e tornar isso possível, com pensamentos positivos, não perdendo nunca o entusiasmo pela vida e pelo amor.

terça-feira, 27 de julho de 2010


No silêncio da noite, venho revisitar o mar.
Este apelo constante das origens, leva-me a querer ficar aqui, no limite entre os mundos, recordando as sensações que outrora tocaram a minha pele.
No céu escuro, a Lua eleva-se, reflectindo a luz do Sol que dorme já para lá do horizonte.
O seu brilho, rasga o negrume do oceano imenso que se estende até onde a vista alcança.
O marulhar das ondas nas pedras da margem é o único som que se escuta.
A brisa do mar invade-me o corpo de gotas salgadas.
O meu olhar desloca-se inevitávelmente para o brilho imenso que paira no firmamento, recordo-me de viagens passadas, sinto uma presença intensa de metade de mim que vagueia no espaço-tempo.
É aqui, no limiar de vários mundos, onde a terra encontra a água e ambas abraçam o espaço que a minha alma se sente mais perto da sua essência, é aqui que me sinto mais completa, sabendo que também tu me sentes aqui.
Este encontro solitário, eu estou, tu estás, mas estamos completamente sós, apenas as almas estão juntas, os corpos mantêm-se na distância, há espera de um futuro que nos faça regressar ao passado.

Eu estou aqui, tu estás aí, nós estamos lá!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Erros...



Cheguei a momentos de querer desaparecer, ou melhor, apagar palavras que disse, actos que cometi.

Impossível!!! Eu sei!!!

Senti vergonha de mim mesma por ter dito palavras que jamais as esqueçerei de tao baixas que foram, ditas com raiva e dor, por tudo isso te peço desculpas...

Mas sou humana, não sou perfeita e nunca serei.

Erros cometemos, muitos, infelizmente, mas com os erros aprendemos também.

E aprendi

Aprendi que a melhor maneira de se redimir de um erro é assumindo-o.

Aprendi como é amargo o gosto da culpa de ter errado.

Aprendi que ás vezes só o tempo é capaz de curar as feridas deixadas pelos nossos erros.

Foram cometidos muitos erros…

Nunca me tinha sentida perdida.

Tu eras o meu verdadeiro Norte.

Quando tu eras o meu porto, sabia sempre voltar para casa.

Perdoa-me ter ficado tão zangada quando me disseste "VAI-TE EMBORA".

Escrevo para te dizer que lamento tantas coisas.

Lamento não ter tratado melhor de ti. ..

para que não passasses minuto algum doente, com frio ou com medo..

Lamento não me ter esforçado mais…

por te dizer aquilo que sentia.

Lamento as discussões que tive contigo.

Lamento não te ter pedido mais vezes desculpa. . .

por ser demasiado orgulhosa.

Lamento não te ter elogiado…

Lamento não te ter agarrado com força…

Os meus erros são reflexos das minhas tentativas sem sucesso de tentar ser feliz, ou de te fazer feliz.

Sei que fui feliz contigo, mas no entanto errei e estraguei tudo, talvez por ambição de querer algo mais, não para mim, mas para quem eu amava e então por burrice deitei tudo a perder e errei muito, passei por cima de tudo e ate de mim mesma.

Tudo o que fiz foi por te amar demais...

Agora só o tempo dirá o meu caminho…

Sentada numa esplanada....


Sentei-me na esplanada de um centro comercial e começei a olhar, para tudo e todos os que me rodeavam.
Lembrei-me de mil e uma coisas e recordei toda a minha vida, todos os meus passos, tudo pelo qual passei até hoje e imaginei o que teriam vivido ou vivem todos os que me rodeavam naquele momento.
O mundo parece tão alegre assim...
Um simples olhar daquela esplanada à minha volta e encaro muitas vidas que me são desconhecidas, vidas que poderão ou não ter sido iguais à minha, pessoas que poderão ou não, ter sofrido o mesmo que eu, as mesmas angústias, as mesmas tristezas a mesma felicidade, vejo pessoas que exteriormente repelem alegria mas que no fundo ainda estão mais tristes que eu...
O mundo é assim...
Um teatro da vida em que somos os principais actores, em que temos de fingir que está tudo bem para que continuemos a caminhar, para que não nos falte a força necessária para dar sempre mais um passo.
Um simples olhar em redor e vi-me a mim, vi os outros, vi tudo e não vi nada, vi todos e não vi ninguém, imaginei, sonhei, pensei até me surgir uma lagrima no canto do olho e mais uma vez, como muitas outras, pensar que poderia muito bem tudo ser diferente e melhor.
Pensaram os outros assim?
Será que surgem dúvidas nas almas destas pessoas que parecem tão certas de si?
Quero cruzar o meu olhar e encontrar alguém como eu, alguém com estas dúvidas para poder dizer que não sou a única, que não sou eu apenas que me sento numa esplanada de café e com um simples olhar construo um mundo triste e ao mesmo tempo alegre com a minha vida e a vida dos que me rodeiam...
Que não sou eu apenas que vivo um teatro irreal...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Saber viver...



Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
O colo que acolhe,
O abraço que envolve,
A Palavra que conforta,
O silêncio que respeita,
A alegria que contagia,
A lágrima que corre,
O olhar que acaricia,
O desejo que sacia,
O amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...

Enquanto durar...

É preciso amar, não só por um istante, casualmente, mas sempre até ao fim...


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domingo, 18 de julho de 2010

Esquecer...


"Queria esquecer quem tu és, esquecer o que significas para mim, esquecer a dor que me causas quando penso em ti, esquecer o teu perfume, esquecer o teu olhar, esquecer o que um dia “nós” fomos, esquecer teu nome, esquecer tudo o que tem a ver contigo, esquecer as lágrimas que derramei na minha almofada por ti, esquecer que eu te conheci, esquecer o teu abraço, esquecer esse vazio que sinto no meu peito sem ti, esquecer que um dia eu cheguei a acreditar que poderia dar certo, esquecer o amor que sinto por ti, esquecer que agora tu vais estar com outra.
Queria riscar-te da minha agenda, pode dizer que não estou bem por tua causa quando tu perguntas como eu estou, queria dizer de como acordei assustada porque tive um pesadelo por causa da dor que tu me causaste, queria perguntar-te por que tudo isto aconteceu, queria dizer-te que te odeio mais que tudo, queria ir embora, queria que tu me dissesses que tudo isto não valeu de nada.
Sinto uma dor inexplicável.
Queria dizer-te o que realmente eu estou a sentir, queria mandar-te para o inferno, queria que simplesmente tu me dissesses que me amas, que isto foi só um pesadelo e que a partir de amanhã tudo estará bem.
Cada segundo perto de ti foi único.
Só quero que depois dessa tempestade venha o sol para ajudar a curar a ferida que abriu o meu coração.”

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

No meu próprio ombro...


Tenho sentido sentimentos desconhecidos, o mesmo me faz querer chorar por não entende-lo.
Quando se menos merece, é quando mais se precisa, contudo não encontrei onde, chorei no meu próprio ombro, não por dor ou tristeza, e sim de um pouco de "medo" deste sentimento entranho ainda para mim.
Sinto uma impaciência por esse sentimento de perdição.
O meu ódio e o meu carinho me carrega para a indecisão.
Sou dona desses traiçoeiros, sonhos sempre verdadeiros!
Vem de mim o poder que me levanta, sou a força que te faz cair.
Sou senhora dos meus ideais, contudo esse sentimento é oculto a mim, não sei como agir!
Vou apenas deixar fluir, sem esperar algo acontecer, pois não mais partirá de mim!

Vaguei... Sonhei... Perdi-me...

E pensei, em desistir... não resistir...

Relacionar-se com outro SER é uma aventura, uma arte e um grande dom.
Pois para entrar no coração do outro é preciso correr o risco de se perder, de não ser compreendido, de não ser retribuído no AMOR e em toda a sua magnitude.
Enxergamos e sentimos o nível de profundidade do outro SER, segundo a profundidade que possuímos com nós mesmos.
Enquanto nos relacionamos, estamos ao mesmo tempo nos conhecendo.
Cada SER ama, segundo o nível de profundidade do conhecimento e compreensão que tem do seu próprio SER.

Nos relacionamentos, podemos dizer verdadeiramente, que conhecemos uma só pessoa: nós mesmos.

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

A vida....




Muitas vezes por orgulho, ou por julgamentos que fazemos de forma equivocada, nos afastamos de pessoas que nos amam, e nos querem bem de verdade.
É muito bom ser querido e amado, e em regra valorizamos muito pouco aqueles que nos amam verdadeiramente.
Todos nós temos alguém de quem nos afastamos, e sentimos uma falta enorme.
Nada de orgulho, liga, procura, manda recados, procura sempre quem te faz feliz.
Somos vaidosos e orgulhosos, e nos precipitamos rompendo relações que tinham uma grande base de amor.
As chances renovam-se sempre, todos aprendem com os erros cometidos, e é sempre hora de um recomeçar!
Aproveita bem o resto da semana, reflete e trata de ser feliz sempre!
Vive sempre a vida , sem medos, sem mágoas, sem rancores, e sabe amar sempre e perdoar verdadeiramente!


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terça-feira, 13 de julho de 2010

Lagrimas sem volume...



As vezes a vida
Parece sem rumo,
Sem direção,
Sem sentido.

Como em meio ao deserto
Olho para o horizonte
e nada encontro
Se não, areia e vento.


Penso em abandonar-me
E desistir da minha busca
Pela perfeição e pela
Minha identidade.

Eu meio a passos
Desordenados procuro onde
Me sustentar, onde me apoiar
Estou com sede! – grita a minha alma.

As lágrimas sem volume
Que percorrrem meu rosto
São reflexos do que sou,
Do que deixei de ser.



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Será....


Um destes dias coloquei sobre o meu pensamento frases que me foram dirigidas em alguns momentos, que ou mais difíceis ou de tão fáceis que eram, provocaram essas que no meu pensamento, e apesar de querer ignorar, começo a tentar ter alguma consciência, de que têm algum fundo verídico.

Será que frases como “estas-te a passar” ou “só podes estar alucinar” é bem colocada a alguém que desespera como acho que muitos desesperam, perde a cabeça, grita, chora, coisas que segundo o que tenho aprendido com algumas pessoas na minha vida, são comuns em todas as pessoas? Será?

Se sim, gostava mesmo, e sendo sincera, que alguém fizesse o mesmo que disse na segunda frase, já que as drogas não servem para nada, se não mesmo para fazer esquecer algo que é real, existe, e por isso tem de ser mostrado ao mundo.


será que me estou a tentar enganar a mim mesma?
A mentira existe, a verdade por vezes e o ódio quase sempre, posto isto, não chego a nenhuma conclusão:

Será tudo isto uma forma de me deitar abaixo?


Será…

Será…

Dúvidas que permanecem na minha cabeça e que um dia, de um futuro próximo gostava de ser esclarecida com a verdade, com ou sem amizade, mas a verdade.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pronto para mim!



A leveza vive na nossa alma
A liberdade no nosso corpo

Liberta-te
move-te
revolta-te
suplica
revela-te
ama-te

Sorri para ti, por ti...
Agora sim... estás pronto para mim!


Quando decidem complicar a vida por pensar demais provoca-me um misto de pena e desilusão... falta de coragem para enfrentar uma nova realidade ou simplesmente vontade de trancar o próprio coração e perder a chave... procura o imprevisto e deixa-te levar...



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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Breves momentos: ó raça!!!!


Raio dos homens... cada vez os entendo menos... e falam eles das mulheres.
Cada vez tenho mais certeza que os complicados são eles... eu sou mulher e tudo é tão simples...

Dás-me um sorriso... retribuo,
Dás-me uma flor... aceito,
Convidas-me para a tua cama... vou,
Ligas-me... atendo,
Queres conversar... ouço,
Precisas de um carinho... dou,
Queres estar só... saiu,
Queres comer... cozinho,
Apaixonas-te por outra... espero,
Apaixonas-te por mim... amo-te!

Afinal quem é complicado aqui?


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quinta-feira, 8 de julho de 2010






Deixa a reserva para trás,
Olha-me nos olhos e entrega-te,
Não temas a angustia porque nao a sentirás,
Esquece o que te consome por dentro,
Ouve o meu coração,
Lê o que os meus olhos te dizem,
Lembra-te das letras que a minha boca soletra,
Afasta essa nuvem e deixa o sol brilhar...

Confia em nós!

porque o meu amor é sincero e é para ti...

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Breves momentos: Demasiado obvio...



Porque tudo se complica quando é simples?
Porque não dizemos SIM quando a resposta é sim?
e NÃO, quando for uma negação?
Porque não rimos quando achamos piada e apenas sorrimos para não nos comprometermos? Porque não telefonamos quando nos apetece falar?
Porque simplesmente não nos vimos quando temos saudades?

Porque complicamos?

Porque não me beijas se tens vontade?
Porque não me convidas se te apetece?
Porque não gritas quando te sentes livre?
Porque não voas quando fechas os olhos?
Porque não vives se estás vivo?

Porque complicas?

Porque não fujo quando não estou bem?
Porque não te peço um carinho quando me sinto carente?
Porque te afasto quando te quero próximo?
Porque falo quando me apetece silêncio?
Porque me levanto quando quero dormir?
Porque não vou para a praia quando quero ver o mar?

Porque complico?

Simplicidade é...deitar na relva, abrir os olhos, olhar o céu escuro e ver como é imenso o universo depois de tanto prazer...



Porque complicas aquilo que é simples?
Porque pensas e não deixas andar?
Porque não te libertas do preconceito?
Um dia é apenas um momento numa vida... não deixes de ter momentos de liberdade numa vida de prisão!


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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Breves momentos: No limiar...



No limiar da beleza estás tu.
Corpo nu, alma livre...
Aguardas-me com ternura
Recebes-me com um sorriso
Me prendes no teu abraço...

Estou a aprender a viver de novo...
Viver..., não apenas respirar.

Subir no monte e gritar
Sair à rua a chover
Abrir os braços e voar
Olhar o sol que se esconde
Enquanto namoro à beira-mar...

Estou a aprender a viver de novo...
Viver..., não apenas respirar.



Depois de uma desilusão voltamos a respirar mais forte...

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terça-feira, 6 de julho de 2010

Breves momentos: Medo...


A rua deserta, tens medo
Não, nada te faz temer afinal a rua está deserta, que mal pode advir disso

A solidão, tens medo?
Sim, medo de não ter para onde olhar
medo de não ter do que sorrir
medo de não ter o que falar
medo de não ter a quem tocar

Foge dos sentimentos, vive o deserto da angústia de não conheceres o teu futuro, sofre a minha ausência e consola-te com a solidão.

Brinca com o medo, ele é fraco e tu és forte!
Contorna-o, foge-lhe, esquece-o, mas faz tudo para não deixares de viver... porque a vida é o combustível que alimenta a nossa felicidade...



Não te sintas só... foste tu que fugiste de mim!

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ignorância...


que sabemos nós da vida?
que sei eu de ti?

quem sabe dos nossos momentos?
dos nossos carinhos?
dos nossos beijos roubados ao tempo...

que sabes tu do amor?
que sabes da amizade?
que motivos tens para me esquecer?
que razões terás para me amar?

que sabemos nós do futuro?
que sei eu do teu passado
ou tu do meu presente?

Não sei nada e mesmo assim procuro-te no pensamento e encontro o mesmo vazio dia após dia... porque de ti... nada sei!

um dia sairei da ignorância... contigo ou sem ti!



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domingo, 4 de julho de 2010

Estados de alma...


Às vezes é inevitável, acordo de forma diferente, quem me conhece minimamente vê logo que não estou no meu estado normal... ou pelo menos como estão acostumados a ver-me, alegre, divertida, sempre com resposta pronta na ponta da língua...

De facto hoje acordei assim... pensativa, melancólica, com saudades de pequenos momentos e grandes pessoas.

Sinto a falta não sei bem de quê... penso que preciso estar junto ao mar, sentir-lhe o cheiro salgado, ouvir a sua ondulação, fechar os olhos e... tentar não pensar... não pensar nos 35 anos e no tanto que ainda me falta conquistar.

Desde que fiz 34 anos que a idade me persegue, não sei bem porquê, mas parece que tenho uma urgência em tudo e desespero quando paro e vejo o tempo passar... e afinal... que metas consegui alcançar?

Detesto questionar todas as decisões que tomei e tomo, porém... não tenho feito outra coisa nos últimos tempos... mal me reconheço!

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sábado, 3 de julho de 2010

Breves momentos: Toca-me....


Sim, é tarde...
Acordo, acordo-te...
Toco-te, sinto-te, o meu corpo desliza no teu...
É tarde mas quero-te
Viras-te, olhas-me, peço-te:
Toca-me.

Sim, tocas-me
deslizas o teu corpo no meu
Sentes o meu desejo, quente, húmido... sentes-me

Sim, penetras-me
olho-te
grito
venho-me

Sim, sou tua
Sim, és meu...



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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Brincar no escuro....



E quando se brinca no escuro? Já alguma vez brincaste no escuro?
Queres brincar comigo?
Nos tempos que correm tenho brincado muito no escuro... dou cabeçadas e mais cabeçadas, esfolo os joelhos, caiu, levanto-me e volto a cair... que piada há nisto tudo?
Não sei, pergunto-me o mesmo!

Enquanto a brincadeira decorre não se pensa em nada... apenas estamos ali, naquele momento, perdidos de tudo e de todos... proibido acender a luz...
O mundo deixa de existir, apenas estamos nós... o nosso desejo e a nossa ansiedade... mas porque tudo acaba quando a luz se acende?

Porque a vida entra pela janela e o mundo lá fora cruelmente nos apaga... nos fecha... não permite qualquer tipo de sentimento, acaba-se a cumplicidade de uma boa amizade, acaba-se o carinho de um mimo, acaba-se a gargalhada de uma anedota... lá dentro ficou o sexo, cá fora não é permitido o amor... Por isso vamos continuar a brincar às escondidas...



Mais palavras para quê...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Comunicado...


Serve o presente para te informar...
que te quero
que sonho contigo
que te desejo
que te ouço
que te sinto
que te beijo
que te toco
que te procuro
que te anseio
que te observo

que te digo...AMO-TE!

Porque mesmo depois de sair da tua vida, a minha ainda foi tua. Por saber que é pouco o que se disse, deixei-o escrito... há amores que são para uma vida, mesmo que apenas permaneçam no limbo das emoções. Simplesmente não era para ser... a vida continua!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Valeu a pena….




Não quero alguém que morra de amor por mim...

Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.

Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...

Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante para mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...

E que esse momento será inesquecível...

Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando no meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...

E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.

Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...

Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.

E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.

Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...

Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.

Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...

Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante para mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...

Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.